Leio, no Expresso desta semana, que os franceses estão satisfeitos com a nova vaga de emigração proveniente de Portugal. Os novos emigrantes (famílias com dois três filhos na casa dos quarenta) têm como destino a vasta cintura parisiense, onde outros conterrâneos os aguardam para lhes dar trabalho e alojar. Não há “bidonvilles” desta vez. Há anexos, construídos nos jardins das vivendas dos portugueses já por ali radicados, e há trabalho nas suas empresas. As autoridades francesas “adoram” este tipo de emigração que não lhes dá “dores de cabeça”… Chegam, instalam-se , começam a trabalhar e não pedem nada. Os filhos são rapidamente integrados no sistema de educação nacional e não voltarão. Assim como os seus pais, claro. Hoje a "saudade" está muito relativizada. Há um mini-Portugal ,de dez em dez quilómetros na extensa periferia de Paris: com trabalho, salário que dá para além das necessidades básicas, diversão ...tudo usufruído no conforto de um estado verdadeiramente social . Internet, Skypes e afins, fazem o resto.
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